História e Curiosidades do Troféu Imprensa

O Troféu Imprensa é considerado o maior prêmio anual destinado aos maiores destaques da televisão brasileira em diversas categorias. O prêmio foi criado em 1958, pelo jornalista Plácido Manaia Nunes, diretor da revista São Paulo na TV, cuja primeira escolha dos melhores do ano se deu em 1960. Desde 1970, com o fim da revista São Paulo na TV, Plácido passou os direitos do Troféu Imprensa ao animador e empresário Silvio Santos, sendo o responsável pela organização, produção e apresentação do prêmio até hoje e transmitida anualmente pelo SBT.

História

Em 20 de abril de 1959 chegou às bancas de jornais a primeira edição da revista São Paulo na TV, uma publicação inteiramente dedicada aos programas e aos artistas da televisão da capital paulista, e dentre a equipe fundadora estava um jovem jornalista chamado Plácido Manaia Nunes. Logo nos primeiros números, foi anunciada a criação de uma premiação aberta a toda a imprensa que cobria a área televisiva visando prestigiar verdadeiramente os artistas e profissionais de todas as emissoras de televisão, que tinham grandes dificuldades de terem seus trabalhos escolhidos e premiados. Mas somente em 1960 é que a idéia finalmente saía do papel, nascia o Troféu Imprensa.

A premiação surge em meio a boatos de supostos favorecimentos de várias premiações televisivas já existentes, como o Troféu Roquette Pinto da TV Record, e também para acabar de vez com a confusão gerada pelas próprias emissoras de TV em elaborar diversas seleções com seus "melhores do ano", pois em certas categorias haviam dois artistas considerados destaques no mesmo ano escolhidos por organizações diferentes. Por exemplo: o artista que ganhava o Troféu Roquette Pinto, perdia para um outro artista do mesmo segmento no Troféu Tupiniquim dos Diários Associados, pertencente a TV Tupi. No final de 1959, a própria São Paulo na TV elaborou sua primeira lista com os destaques daquele ano feita por um corpo julgador de apenas três redatores da publicação. Para cessar de vez essa rumorosa política de protecionismo dentro das emissoras de TV, Plácido Manaia Nunes, o diretor-geral de São Paulo na TV, se reuniu com Antônio Brusco, proprietário da Editora Propaganda (que publicava a revista), e Theotônio Pavão, redator-geral de São Paulo na TV, e propôs a idéia de reunir um júri formado exclusivamente por profissionais da imprensa (críticos de televisão de São Paulo e alguns correspondentes do Rio de Janeiro) sem nenhuma ligação com alguma emissora de TV na escolha dos destaques do ano, ao invés de diretores, produtores e profissionais das emissoras de TV, isso para não haver coincidência de idéias (daí a origem do nome da premiação, Troféu Imprensa). Foi por essa razão que a TV Record discordou de tal critério e ignorou a premiação em sua primeira edição.

Em 27 de dezembro de 1960, Plácido e mais um grupo heterogêneo de 13 jornalistas, representantes de todos os órgãos da imprensa paulistana, se reúnem na Biblioteca Municipal Mário de Andrade, localizado no centro de São Paulo, às 19 horas para a reunião de escolha dos melhores da televisão de 1960. Plácido era o único que não tinha o direito a voto, já que a sua função era de coordenador da votação, dirigindo a palavra a cada um dos jornalistas presentes ao que foi chamado na época de "seminário". Foi oferecido a cada um deles um questionário para ser preenchido livremente por vários nomes, os quais os jurados achavam que se destacaram no ano em suas respectivas categorias. Após todos preencherem o tal questionário, Plácido avaliava cada categoria a ser debatida, escolhia os jurados um por um e eles tinham que dizer o nome que escreveu e explicar o porquê da escolha. A apuração dos votos era da seguinte maneira: na primeira votação, o artista já era escolhido o destaque do ano se obtesse no mínimo dois terços dos votos do júri, caso contrário, os artistas mais votados que não chegassem a essa cota mínima de votos iam para uma segunda votação e se houvesse empate, acontecia uma possivel terceira votação com direito a "voto de minerva" do presidente do júri (a regra era de que não podia haver empate na lista de ganhadores). Depois de cerca de 3 horas de muitos debates e discussões, enfim a lista dos "melhores do ano" era definida.

Na primeira edição do Troféu Imprensa, Plácido pediu aos jornalistas que se comprometessem a não divulgarem a lista dos vencedores até o dia da entrega dos prêmio, em 1º de janeiro de 1961, onde seria conhecido os nomes dos vencedores de cada categoria. Só que o protocolo foi quebrado e os nomes dos vencedores acabou "vazando" pelos órgãos de imprensa dois dias depois da reunião dos representantes da imprensa. No final das contas, a TV Tupi foi a emissora mais contemplada pelo Troféu Imprensa com 15 vencedores (Lima Duarte, Márcia Real, Maria Thereza Gregori, Ary Silva, José Carlos Moraes (Tico-Tico), Maurício Loureiro Gama, Kalil Filho, Repórter Esso, Cassiano Gabus Mendes, Júlio Gouveia, Equipe Técnica da TV Tupi, Maria Pia Finocchio, Zaé Jr., Neide Alexandre e Glória Menezes), a TV Record ficou em segundo com sete premiados (J. Silvestre, Consuelo Leandro, Renato Côrte-Real, Renzo Fonzenigo, Raul Tabajara, Conjunto Farroupilha e Sammy Davis Jr.), a TV Excelsior faturou seis troféus (Morgana, Bibi Ferreira, Manoel Carlos, Brasil 60, Enrico Simonetti e Juca Chaves) e a TV Paulista teve apenas dois laureados (Ronald Golias e Francisco Egydio).

O show de premiação ocorreu no primeiro dia do ano de 1961, no Teatro Municipal de São Paulo, às 21 horas, cuja transmissão ao vivo ficou a cargo da TV Cultura em sua fase Associada, que curiosamente não obteve nenhum troféu, demonstrando prestígio a premiação, o oposto dos desprestígio da TV Record que proibiu seus artistas de receberem o troféu. A coluna de Rádio e TV do caderno Folha Ilustrada do jornal Folha de São Paulo, pulbicada em 3 de janeiro de 1961, descreveu assim o seguinte fato: "Não soube o canal 7 receber com esportividade a decisão de um júri honesto, sem ligação com esta ou aquela organização". O primeiro mestre-de-cerimônias do Troféu Imprensa foi o entrevistador Silveira Sampaio e a cerimônia, que teve duas horas de duração, contou com a participação de todo o comitê julgador que esteve presente no dia da votação.

Imediatamente, a premiação ganhou prestígio e credibilidade por parte da classe artística, além de gerar enorme expectativa quanto a definição da lista com os melhores de cada ano. O primeiro modelo do Troféu Imprensa pesava 3 quilos, era uma placa de mármore escuro com um desenho estilizado e metalizado de uma águia. A partir de 1961, a escolha dos melhores do ano passou a ser feita na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, numa sala do 8º andar sempre às 20 horas, onde o júri, sentado em volta de uma imensa mesa, se reunia para escolher os artistas que mais se destacaram no ano (as discussões podiam durar de 3 a 4 horas para que houvesse uma convergência de idéias entre todos os representantes da imprensa). Foi a partir de então que Plácido Manaia Nunes, organizador do evento, ganhou a assessoria do presidente do sindicato para supervisionar esses trabalhos e presidir a reunião anual da imprensa. Alguns membros da comissão julgadora vinham de diversas partes do estado de São Paulo como Santos, Campinas e Jundiaí. Ainda em 1961, o prestígio na entrega dos prêmios foi ainda maior: os apresentadores Silveira Sampaio, da TV Paulista, e Bibi Ferreira, da TV Excelsior, comandaram o espetáculo, quatro das cinco emissoras de TV de São Paulo transmitiram o evento ao vivo simultâneamente (Cultura, Tupi, Paulista e Excelsior) e a Rádio Difusora de São Paulo liderou uma cadeia de 31 emissoras de rádio de várias partes do Brasil especialmente para a ocasião (18 emissoras de São Paulo, oito do Paraná, quatro de Minas Gerais e uma do Rio Grande do Sul). Em 1964, no evento que premiou os melhores de 1963, o local de entrega dos troféus passou a ser o salão de recepção da casa Terrazza Martini, um dos mais famosos "points" da vida social de São Paulo daquela época, por volta das 19 horas, cujos premiados eram convidados a participarem de um coquetel de confraternização. A Terrazza Martini era uma casa de recepções administrada por Martini & Rossi, fabricante de bebidas alcólicas, com unidades espalhadas por toda a Europa. No Brasil, ela foi inaugurada em 2 de abril de 1963 em São Paulo, onde teve a condição de abrigar a primeira e única Terrazza Martini das Américas. O empreendimento era basicamente um ponto-de-encontro das rodas da alta-sociedade de então, prestigiando as atividades das mais importantes personalidades do show business brasileiro da época. A Terrazza Martini brasileira era localizada na Avenida Paulista nº 2.076, 16º andar do prédio do Conjunto Nacional, esquina com a Rua Augusta. O curioso é que o diretor de relações-públicas da Terrazza Martini era o apresentador da TV Record Murilo Antunes Alves, que em diversas oportunidades tinha a condição de mestre-de-cerimônias na entrega dos prêmios. Em 1966, a organização da premiação adotou um importante critério: foam eleitos apenas os melhores do ano na televisão de São Paulo, descartando, portanto, os video-tapes gravados no Rio de Janeiro. O tal critério foi deixado de lado em 1969 quando foi adotado o esquema de rede de televisão, ligando o Brasil através de uma programação simultânea.

Fase Sílvio Santos

Em 26 de dezembro de 1969, o Troféu Imprensa foi apresentado pela primeira vez pelo animador Silvio Santos. O novo local de entrega dos prêmios foi o auditório da TV Tupi de São Paulo da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. Os organizadores da época escolheram o horário destinado ao Cidade Contra Cidade (sexta-feira, 21 horas) pelo fato de ser o programa de maior audiencia da época, marcando índices de cerca de 40%. Com a volta da transmissão ao vivo do evento pela TV, a cerimônia de premiação passa a ser diante de um auditório lotado, contando com a participação dos julgadores, personalidades políticas e os indicados em cada categoria. Pela última vez, o esquema de reunião do júri acontece no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, mas dessa vez, ao invés de divulgar a lista de vencedores, é publicado apenas a lista dos indicados a cada categoria e somente na cerimônia de entrega dos prêmios, três semanas depois, é que os nomes dos vencedores passaram a ser conhecidos pelo público, após grande expectativa. Então, Silvio chamava um por um no palco os artistas eleitos em cada categoria, entregando a estatueta ao respectivo vencedor. Só que a noite de premiação foi ofuscada pelo novo boicote da TV Record, a exemplo do que tinha ocorrido há nove anos. Pela primeira e única vez, foi criada a regra de que os eleitos pelo júri (assim como os outros indicados) deveriam estar presentes na cerimônia de divulgação dos ganhadores, caso contrário, havia o risco de perder o prêmio (outorgado ao segundo mais votado pela imprensa) e uma determinada categoria podia ficar sem vencedor (em caso de ausência de todos os indicados). Foi o que aconteceu com os artistas da TV Record naquele ano.

Plácido Manaia Nunes, o criador da premiação, gostou tanto do comando de Silvio Santos no anúncio dos laureados que decidiu, a partir de 1970, entregar-lhe os direitos de organização, produção e apresentação do evento. Como Plácido era visto com muita simpatia, Silvio não só aceitou a proposta como também fez várias mudanças quanto a premiação. Primeira, que o desenho do troféu passe a ser a réplica do Oscar (premiação importante do cinema norte-americano), o famoso guerreiro dourado, cujo peso é de 1,980 quilo, colocando o Troféu Imprensa no status de "Oscar da Televisão Brasileira", que logo se transformou no slogan da premiação. E segunda, que ao invés da tradicional reunião dos jurados no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, determinou que a escolha dos destaques do ano fosse em duas partes: a distribuição de questionários para consulta popular, o que seria fator importante para a elaboração da lista de indicados, e uma inovadora reunião dos jornalistas-eleitores dentro do Programa Silvio Santos, onde faziam a eleição final dos melhores do ano de acordo com uma lista de três indicados de cada categoria. Foram distribuídos 300 questionários, sendo 210 para São Paulo e 90 para a Guanabara (extinto estado brasileiro), divididos da seguinte maneira: 70 votos dos profissionais de TV de São Paulo, 29 votos dos profissionais de TV da Guanabara, 61 votos dos jornalistas da Guanabara, 40 votos dos jornalistas de São Paulo e 100 votos do público telespectador de São Paulo. A revista paulista Melodias e a carioca Amiga seriam as responsáveis pela distribuição dos questionários. Após feita a somatória dos votos desses questionários, são tabulados os três indicados em cada categoria. A decisão de se fazer uma cerimônia de votação no Teatro Globo da Praça Marechal Deodoro, em São Paulo, diante do auditório do Programa Silvio Santos, foi considerada controversa na época. Se nos anos 60, os votos eram secretos, a partir dos anos 70, os votos passaram a ser orais e abertos e todos podiam ter o conhecimento de quem votaria em quem em cada categoria disponível para voto. Para dar caráter nacional, o júri permitiu a larga presença de jornalistas de jornais e revistas do Rio de Janeiro se mesclando com os representantes de São Paulo, além de Plácido Manaia Nunes que, além de ser o criador do prêmio e por ser também o diretor da revista Melodias desde 1970, passou a ter o direito a voto pela primeira vez. Posteriormente, o corpo julgador foi composto apenas por presidentes de sindicatos de jornalistas e de radialistas de 11 estados brasileiros. A própria imprensa brasileira discordava dos crítérios adotados e da total falta de assessoria na escolha dos melhores do ano, por isso não dava crédito a premiação, não se convencendo do argumento do apresentador em dizer que "o troféu é uma homenagem a imprensa brasileira". Diante disso, em 1973, o presidente da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) Adriano Compagnole liderou um boicote, proibindo a participação dos presidentes de sindicatos filiados de participarem do evento de votação, que nada mais era um programa de televisão. Para suprir essa ausência, houve insinuações de que Silvio teria recrutado figurantes sem senso crítico, se passando por jornalistas, para compôr o corpo de jurados, o que teria colocado em primeiro plano o suspeito critério de predileção e gosto pessoal dos jurado na escolha dos melhores. Mas as críticas não paravam por aí, recaíam na escolha de categorias como "figura mais simpática", "figura mais elegante", "figura mais bonita" e "o artista mais querido da TV" e o corpo julgador composto somente por presidentes de sindicatos de jornalistas ao invés de críticos especializados em artes e espetáculos audiovisuais. O jornal Folha de São Paulo publicou no caderno Folha Ilustrada em 4 de dezembro de 1973 na coluna Teleaviso, uma das várias críticas referentes ao Troféu Imprensa na década de 70. A coluna registrava que cada um dos 10 jurados representava um estado brasileiro na comissão julgadora da premiação, mas naquela época nem todas as emissoras de televisão tinham uma grande penetração no interior do Brasil, o que faria o "representante do estado" a votar em favor dos programas e dos artistas que ele acompanhasse em sua respectiva cidade. Isso porque em alguns estados eram predominados pela Rede Globo, enquanto que outros eram dominados pela TV Tupi e a Rede de Emissoras Independentes (encabeçada por TV Record e TV Rio) não tinha quase nenhuma penetração no território nacional. A escolha dos vencedores de 1973 deixou um ar de suspeita no dia da votação, até porque o próprio Silvio anunciou que a vinda de todos eles a São Paulo (sede do Programa Silvio Santos) tiveram todas as despesas pagas, esse poderia ter sido um fator decisivo na escolha de Silvio Santos como melhor Animador e como a "figura mais simpática", ambas por unanimidade.

Em 7 de novembro de 1976, numa única vez, o Programa Silvio Santos promoveu um sorteio que selecionava os 11 integrantes do júri do Troféu Imprensa de 1976. Primeiramente, foram sorteados os 11 estados brasileiros de onde viriam os julgadores (Mato Grosso, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Pará, Goiás, Santa Catarina e São Paulo) e, em seguida, eram reunidos os nomes dos jornais de cada um desses estados e após serem selecionados na segunda parte do sorteio (Diário de Cuiabá, Jornal do Brasil, Jornal do Commércio, Correio da Paraíba, Folha da Tarde de Porto Alegre, Diário de Natal, Tribuna da Bahia, A Província do Pará, Folha de Goiás, O Estado de Santa Catarina e O Dia de São Paulo), cada um desses veículos tinham que enviar um representante para compor o júri do Troféu Imprensa da escolha dos destaques daquele ano. (...). Depois de três anos de ausência na escolha dos melhores do ano (entre 1977 e 1979), em 4 de janeiro de 1981, o Troféu Imprensa retoma seus trabalhos na escolha dos destaques em cada ano. A partir desse ano, a cerimônia se resume numa simbólica votação nominal do corpo julgador composto de 11 jurados, todos eles jornalistas e colunistas especializados em artes e espetáculos de jornais, revistas e emissoras de rádio de São Paulo e Rio de Janeiro. De 1972 adiante, o esquema de distribuição de questionários passou a ser mais planejado, sendo organizado da seguinte maneira: a produção do Programa Silvio Santos seleciona uma equipe de jovens estudantes que tiveram a tarefa de entrevistar 1.500 pessoas durante um período de 40 dias, sendo 750 em São Paulo e 750 no Rio de Janeiro. Nessa pesquisa de opinião pública em cada um desses estados, a divisão de votos era dada da seguinte forma: 250 votos dos jornalistas pertencentes a diversos jornais e revistas especializadas, 250 votos dos profissionais de emissoras de rádio e televisão e 250 votos do público telespectador (dentre os quais 50 estudantes universitários, 50 pessoas da classe A, 50 pessoas da classe B, 50 pessoas da classe C e 50 pessoas da classe D). Uma vez concluída as entrevistas, a etapa seguinte era a média da preferência popular em cima desses 1.500 votos na tradicional tabulação de onde são conhecidos os três primeiros colocados de uma média de 20 categorias disponíveis e este esquema é mantido até hoje. Essa lista dos nomes mais votados eram apresentados a comissão julgadora em ordem alfabética, não implicando na ordem de votação para não influenciar ou desvirtuar a escolha final dos jurados. Para Silvio Santos, os presidentes dos sindicatos dos jornalistas ou seus representantes pelo Brasil eram os mais indicados na eleição dos destaques do ano, pelo fato de não estarem vinculados a nenhuma organização comercial ou emissora de televisão. A partir de 1985, na escolha dos melhores de 1984, as pesquisas passaram a ser feitas em uma data que impedisse que os eventos do ano corrente influenciassem a escolha relativa ao ano anterior, a partir do primeiro dia útil da primeira quinzen de janeiro do ano seguinte, subindo para 2.000 questionários sendo 500 representantes da imprensa (jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão), 300 da classe A, 300 da classe B, 300 da classe C, 300 da classe D e 300 universitários. A entrega dos prêmios propriamente dita era realizada ao longo do ano dentro dos programas apresentados por Silvio Santos. Na escolha dos melhores de 1990, foi ampliado novamente o número de questionários, subindo para 2.100, distribuindo 100 para os representantes da imprensa (jornalistas e radialistas), 100 para os estudantes universitários e 1.900 para o público telespectador (100 para a classe A, 600 para a classe B, 600 para a classe C e 600 para a classe D), modificando assim a divisão de entrevistados. Em 2007 (eleição dos melhores de 2006), o número de jurados foi reduzido de 11 para 10 para dinamizar a escolha e desde então, apenas 5 jurados são escolhidos por Silvio Santos, em cada categoria, para terem o direito de voto dos melhores do ano. Em 2010, uma última alteração: o número de questionários subiu para 2.300, isso porque foi acrescentado mais 50 pesquisas para os telespectadores das classes C e D tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro, conforme é descrito no site do SBT:

"A produção do Troféu Imprensa realiza 2.300 pesquisas em São Paulo e no Rio de Janeiro com telespectadores, jornalistas e universitários. Os questionários, com cerca de 20 perguntas cada, são divididos de acordo com a classe social: 50 para classe A, 300 para classe B, 350 para classe C, 350 para classe D, além de 50 para universitários e 50 para a imprensa em geral (profissionais de jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão), num total de 1.150 pesquisas em cada uma das cidades. Em seguida, é feita uma tabulação e os três candidatos mais votados em cada categoria são julgados no Troféu Imprensa por 10 jurados, que decidem o grande vencedor."

Em 2013 (eleição dos melhores de 2012) os questionários foram abolidos e os três indicados de cada categoria foram escolhidos unicamente através de votação pela Internet. E no ano seguinte, o número de jurados voltou a ter 11 integrantes.

Curiosidades


Obs.: Texto de autoria de Egon Henrique Medeiros Bonfim

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